Pensar em democracia na organização escolar ou em outros âmbitos é pensar, refletir e participar de ações e/ou escolhas.
Escolhas nos levam a uma construção de saberes que possibilitam um avanço para a escola e comunidade escolar num processo dialético de construção de saberes, pois a escola deve guiar os cidadãos para a livre expressão e construção de idéias.
Na leitura dos textos podemos perceber a importância do ato democrático na educação, bem como sua organização. Este fato não ocorreu muito cedo, pois só ano de 1980 começa o processo de compartilhamento de decisões sobre os assuntos da escola. A ação participativa de pais, transparência nas prestações de contas, eleição de diretores, fiscalização por meio de conselhos sobre gastos e recursos fazem parte de uma gestão escolar democrática. A cooperação entre todos os envolvidos é o seguimento mais contundente para a construção de idéias e ações propriamente discutidas em reuniões. A lei favorece a gestão democrática organizada e documentada em seu PPP, no seu Regimento, atribuindo-lhe deveres e direitos.
Infelizmente nem toda gestão escolar é democrática, os pais e comunidade escolar por vezes não obtém conhecimento dos seus direitos, sendo destoantes em alguns processos da gestão. Em minha escola o CPM (círculo de pais e mestres) atua fielmente para a concretização entre escola/ comunidade, fiscalizam e incentivam a aplicação dos recursos adquiridos através dos mesmos, mas apenas isso não basta, é necessário que toda a comunidade escolar ajude a construir os processos presentes em uma gestão escolar. A nomeação de diretor e vice-diretor é decidida ainda pelo prefeito, mostrando assim o impasse da desigualdade presente nas gestões.
Há desigualdades de funções na escola que afrontam também a ética: o
desrespeito para com os funcionários. Necessariamente esta desigualdade afeta também a organização da gestão, pois muitos se sentem feridos nos seus direitos, pois a escola não é um centro de campo político.
Que saibamos utilizar a escola como espaço livre, do direito de ir e vir, de ser e estar presente nas diferentes decisões em que a escola atua, plantando a semente da democracia em pequenos gestos em sala de aula, para que posteriormente os alunos se tornem pais participativos e com a visão de respeito às escolhas alheias.
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