segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Me falta palavras...

Ao longo do semestre tenho tido dificuldade de escrever.
Sim! O escrever que tecnicamente se atinge lendo. Isto sei, mas propriamente o meu ato de ler, creio eu esteja sendo supérfluo. Vejo uma longa distância a percorrer entre o meu escrever e o escrever que alguns professores e eu significamente gostaria de exercer.
Não me faltam idéias, talvez mau interpretação em alguns textos, mas seguidamente quando sento em frente ao meu computador (depois que escrevi em meu caderno) sinto falta do que escrever em meu portifólio que mostre minha elaboração e construção de saber. Quando auto analiso minhas postagens noto quanto são pequenas, mas em contrapartida vejo que são sínteses de saberes, momentos ou vivências. Sintetizar - isso acredito realizo bem.
Talvez quisesse mesmo ser poeta e escrever à Pablo Neruda, onde o nexo tem a ver comigo própria e mais nada.
Mas o contexto de estar aqui me justificando e aqui pensando, refletindo, conecta-se as propostas das interdisciplinas deste semestre onde sendo só eu própria não haveria POLITCS, não haveria cidade, nem tão pouco construção de mim e de toda uma sociedade que busca a leitura do mundo para dilubiar as diferenças, dificuldades, promiscuidades que a vida impõe.
Nasce aqui então um novo PIE(plano individual de estudos)? Talvez, seguindo meu anseio atual, mas que ao longo do semestre deverá ser reavaliado?
Vim para casa cheia de reflexões?!!!

2 comentários:

Stela disse...

Oi Carem.
Pois então lendo tuas reflexões e afirmações categóricas sobre tuas "capacidades" escritoras me peguei aqui, te contando minha dificuldades, contrárias ás tuas: não sei sintetizar minha fala/escrita! Escrevo, escrevo, escrevo, falo, falo, falo...até perco o tempo estipulado pra apresentação do workshop!!! Sempre. Também quiz ser poeta, tecelã e professora. e continuo querendo tudo isso.
Beijus
Stela

Nadie Christina disse...

Oi Carem,

O importante é exercer a "autoria", seja de um poema ou de uma resenha, procure se colocar no texto, da mesma forma que fez nesta postagem. As crises podem ser muito produtivas para o crescimento pessoal. Sö o fato de parar para pensar sobre isso, sentar e escrever (no caderno e no computador) já é um grande exercício de expressão de idéias rumo à construção do saber. As vezes olhar para trás nos ajuda a confirmar nossas "certezas provisórias", aqui expressa na tua capacidade de síntese. Lembra o teu PIE, onde fizeste uma resenha crítica do livro "Pedagogia da Autonomia". Leia de novo o teu registro, acredito que irá reforçar a tua certeza do quanto és capaz de fazer boas sínteses. E, o mais importante, não apenas reproduzindo as idéias do autor, mas te colocando: interpretando a palavra e o mundo. Para Tfouni, este é o cerne do letramento, se autorizar a ser "autor". Se este for o início de um novo PIE, estou convencida que descobrirás muitas outras possibilidades de te expressar.
Um carinhoso abraço,
Profa. Nádie