quarta-feira, 13 de outubro de 2010

"Compreender a natureza é compreender-se!"

Ao revisitar as interdisciplinas do eixo IV do curso de licenciatura em pedagogia pela UFRGS, percebo que se tratava de interdisciplinas com propostas bem didáticas abertas com diferentes abordagens e com intuito de aplicações e reflexões das mesmas em sala de aula.
A interdisciplina Representações do mundo pelas Ciências Naturais teve uma grande influência na realização das atividades com alunos na turma em que eu atuava como docente no respectivo ano, evidenciando a autonomia que os mesmos devem ter em suas ações nas atividades, bem como o uso de atividades práticas com o meio da observação.
Muito marcante nesta interdisciplina é o olhar sobre um novo mundo em que vivemos onde tudo está mudando o tempo todo e nesta perspectiva faz com que analisamos os contextos de propagandas que hoje nos é apresentado com o uso de animais e ou estados da natureza. A autora Marise Basso Amaral em seu texto: O homem é bicho ou é planta? Revela-nos uma visão errônea, e não mais aceitável aos dias de hoje, onde por questões climáticas mal temos condições de identificar as antigas quatro estações e estamos sempre sendo levados a uma sensação de conforto e felicidades através da ilusória idéia aplicada de compras aplicadas pelo comércio e tecnologias em geral como fonte de exploração e a ideologia de regras. O mundo da ciência ligada apenas a visão da natureza nos alerta: “compreender a natureza é compreender-nos”, pois assim estamos nos evidenciado como sujeito atuante em todo o meio natural. Logo os sentimentos de dor, únicos da existência humana estão sempre sendo banalizados com uma satisfação diferenciada e ilusória e isso é preocupante, pois é “tapar uma cicatriz que não cicatriza”. A mesma autora nos ressalta:

“É importante, então, que os educadores dediquem atenção às políticas de
representação de natureza engendradas pelos meios de comunicação. A crise
ambiental em que estamos envolvidos não requer apenas soluções técnicas ou
epistemológicas, requer também o reconhecimento de que a construção de um
novo olhar e uma nova atitude em relação à natureza passa pela
discussão/desconstrução das representações hegemônicas de natureza construídas
em diferentes instâncias culturais, como a escola e a mídia, que continuam a nos
oferecer uma natureza objeto, uma natureza sujeita à exploração e dominação
humana em nome do desenvolvimento tecnológico e cultural de uma sociedade.”
( Amaral, pg.11)


Creio que nos professores, provocadores de situações em que os educandos com sua autonomia conseguem visualizar estes mecanismos e possam através de suas ações e criar um novo mundo. Percebo também a esta problemática que coincidentemente o uso de literaturas infatil como contos de fadas auxiliam o processo de percepção das dramáticas então aqui ressaltadas como a percepção da natureza e nossas influências com o meio natural.
OBS: Não há no texto referencias ao ano de publicação , nem editora.

3 comentários:

Rosângela disse...

961898Oi Carem,

Adorei tua reflexão em torno das questões ambientais ligadas ao estudo das ciências naturais, especialmente quando destacas que "compreender a natureza e compreender-nos".

Achei algumas partes do teu texto um tanto confusas, por isso vou te pedir alguns esclarecimentos, certo?

"... na turma em que eu atuava como discente..." Não seria docente?

"elusiva ideia aplicada de compras aplicadas pelo comércio". A repetição de "aplicadas" deixou a ideia confusa... e que é "elusiva"? Não seria ilusória?

O que queres dizer com "ideologia de regras". Essa expressão é tua ou de algum autor?

Seguimos dialogando!
Beijos, Rô Leffa.

carem disse...

OLá Rô, desculpe, assassinei o poortuguês e o significado das palavras, mas já editarei o texto.
Quanto a expressão ideologia de regras queria esclarecer que queria mencionar a globalização a que somos impostos pelo capitalismo que vivenciamos,e a idéia seria a ideologia mundial em que estamos sendo impostos, que não deixa de ser uma ideologia de regras do capitalismo, compreendeu???
Esta idéia não deixa de estar implicíta em textos da interdisciplina como também em outros textos do curso, mas no momento da escrita era minha.Rsrsrs
Acho quer era isso. Bjks
Carem Mengue

Rosângela disse...

Ok Carem! Agora está tudo esclarecido, mas é importante ter em mente que o blog de vocês não é lido apenas pelos tutores e professores. Trata-se de um espaço público visitado por muita gente... e eles precisam compreender o que queremos dizer, certo? É só um toque para que as tuas produções no blog sejam ainda melhores.

Beijaaao, Rô.